domingo, 19 de julho de 2009

A LADAINHA DA GRIPE – E DA MÍDIA

Há algum tempo – logo que a Gripe do México começou naquele país – rabisquei um texto, porém achei por bem não publicá-lo.

Meus amigos me alertaram dos riscos que eu estaria correndo, pois desde dali eu achava o que ainda continuo achando: existe muito alarde e uma dose excessiva de pânico implantada pela mídia a respeito de tal gripe.

Naquele texto eu dizia que já tinha sido dado tanto nome à gripe mexicana que ela ficou igual a ladainha de todos os santos.
Fazia referência também ao interesse da mídia na divulgação da doença.

Algum tempo passou e pouco se falava da nova (?) gripe.
Eu tinha certeza de que se a doença chegasse ao Brasil e, em cosequência desta ocorressem óbitos, a mídia começaria a questionar e findaria por responsabilizar, como de costume, o Governo por tudo.

Acho que, lamentavelmente, eu não estava equivocado.
Neste domingo (19) ela (a mídia), anuncia a 11ª morte no Brasil em consequência da doença. Sete vítimas apenas no Rio Grande do Sul. Mais três morreram em São Paulo e uma no RJ.

O Ministério da Saúde anunciou que a vacina contra a gripe suína só estará disponível para o inverno de 2010.
O Governo chegou a orientar as pessoas que evitassem viajar para o exterior, sobretudo para a Argentina e o México, mas parece que elas continuam viajando.

Não tenho dúvida: se o número de mortes aumentar a mídia, tendo à frente a Globo e os jornais conservadores e sensacionalista, leia-se Estadão, Folha e O Liberal, no Pará, entre outros, partirão pra cima do Presidente Lula para incriminá-lo.

Como fizeram no tempo da chamada “epidemia” de dengue e do famigerado apagão aéreo. Em ambos os casos, a mídia atribuiu a máxima culpa ao Governo Federal. Um jatinho pilotado por dois amerciacos se choca no ar com um Boing e o Lula foi o culpado. Um outro avião ao pousar em SP não conseguiu parar... uma rara fatalidade. Mas o Lula parece que andou “mexendo” nos freios da aeronave. Porque a mídia o culpou por aquela catástrofe. (A partir dali tudo mudou, porque o Nélson Jobim virou Ministro da Defesa!).

Queiram me perdoar a grosseria, mas a mídia brasileira, em grande parte, está mais para urubu em carniça. Quanto mais a coisa fede, mais gosta.
Ela sempre está mais interessada no pior.
Porque as piores notícias são as que dão mais audiência.

Como a gripe não era assim tão ruim e não matava ninguém aqui no Brasil, a imprensa estava pouco a pouco perdendo o interesse em falar dela.
A gripe de todos os nomes já não era mais a notícia que valhia a pena ser dada.

Agora já vale. Não demora e o Willian Bonner fará aqueles editoriais ridículos no JN.
E o país vai ver os beicinhos de menina triste da Fátima Bernardes.

E o Ministro Temporão se submeterá aos caprichos da Veja e ocupará as suas páginas amarelas numa entrevista para o PSDB e DEM criticar no Senado. O Mercadante falará à TV Globo dos esforços do Governo para conter a “pandemia”.
A Rede Globo fará de tudo para transformar em “ipope” a gripe da vários nomes mesmo sabendo que todos sabem que não é preciso ninguém entrar em pânico.

As autoridades afirmam que em 99% dos casos, mesmo que seja diagnosticada a doença, as pessoas ficam boas, mesmo sem tratamento.
Mas a mídia prefere dizer que a gripe mata, algo assim como se fosse “uma doença incurável e mortífera”.

Conclui-se que uma gripe que começou sendo do porco, depois foi do México e findou não sendo de ninguém – pode ser da Globo e do resto da mídia – pode ter um nome a mais: Gripe do sensacionalismo.
A gripe era uma epidemia que virou PANDEMIA! Só Deus salvaria a humanidade de tanto perigo!

A coisa não é bem assim. É possível que quem morra da gripe, na verdade morra em conseqüência de outras doenças das quais já sofria. Até os soros positivos que contraem o HIV – o vírus da AID’s – podem não morrer de Aids, e na mioria dos casos acabam morrendo em virtude de outras doenças.

Com todo respeito, mas não custa rezar a ladainha da gripe de todos os nomes – e da mídia.

Da gripe do México – livrai-nos, Senhor.
Da gripe suína – livrai-nos, Senhor.
Da gripe nova – livrai-nos, Senhor.
Da gripe influenza – livrai-nos, Senhor.
Da gripe H1N1 – livrai-nos, Senhor.
Da gripe da mídia – livrai-nos, Senhor.

3 comentários:

  1. Sempre te achei INTELIGENTE!!!!!

    Ser critico para aqueles q não sabem, não é ser uma pessoa negativa. Apesar de ser uma grande confusão para alguns entender isso. A maioria das pessoas quando usam a palavra critica é para abrir uma torneirinha de maldades sobre determinado assunto.

    Adorei ler vc!!! Critico e Inteligente; positivo e no entanto um pouco agressivo!!!!!

    Esta provando q para ser critico de verdade não precisa ser o dono da verdade, pois, ora! nós sabemos q a verdade nao existe ou no minimo não é só uma!

    vc esta me acrescentano saber e eu te agradeço imensamente!

    rendo-lhe homenagens e agradecimentos

    Mestre!!!!!

    até breve!

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  2. Realmente é pertinente sua exposição, colocar culpados neste caso é no mínimo irrespoensável. Você,Mestre Orlando, coloca bem em suas linhas o desvendar, parabéns mais uma vez.
    Até mais !!!

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  3. compartilho das palavras de ambos os mestres que o elogiam....sem mais a acrescentar deixo abraços...

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