quarta-feira, 8 de julho de 2009

O CIRCO

No começo a mídia denominou funeral público o que seria as últimas homenagens a Michael Jackson.
Depois do que se viu e no que se transformou, ainda que forçosamente, chamou de espetáculo.

Alguém ainda arriscou dizer que era um tributo.

Elizabeth Taylor, uma das maiores estrelas americanas e grande amiga de Michael Jackson, antes do início do evento deu um nome, no mínimo conivente a tudo aquilo: circo.

Convidada pela família, Taylor disse que amava Jackson, mas não poderia participar do que chamou de circo.
E se negou a participar das homernagens ao cantor.

A atriz achava que Michael Jackson não queria que ela fizesse parte de um palanque armado pela mídia e por seguimentos empreserais com propósitos que não eram os de prestar uma simples homenagem póstuma.

Há uma excentricidade incapaz de passar despercebida nessa epopéia toda na qual se transformou o velório de Michael Jackson. Algo nunca antes visto nem tampouco imaginado: a possibilidade de ter havido um velório cujo corpo já teria sido enterrado.

Ou, pior: ninguém tem notícia do corpo que virou notícia. Ele fora mesmo enterrado? Foi ou será cremado? Onde e quando?
Meus Deus, mas isso é mesmo aterrador!

É como enterrar um caixão vazio, sem a presença de um corpo. É muita simbologia.

O mais incrível e ao mesmo tempo abobalhado é pensar que o caixão dourado de Michael Jackson simplesmente desapareceu sob dezenas de helicópteros e câmaras de redes de Tv dos Estados Unidos.

Ainda bem que era a imprensa e não a Polícia de Los Angeles em uma daquelas perseguições a bandidos, tão comuns nos Estados Unidos e que a imprensa de lá gosta de mostrar e a nossa de reproduzí-la
A polícia americana é especializada em perseguir carro em alta velocidade em voos aéreos.
Já a imprensa deles... não consegue acompanhar – de avião – nem caixão em cortejo fúnebre.
Ou é incompetência ou isso tem outro nome.

As pessoas comuns e normais – que constituem a esmagadora maioria da população mundial – tinham certeza que após aquele espetáculo, o caixão, que saiu em cortejo, iria direto para um cemitério onde haveria o enterro, mesmo porque isso é o obvio em todo velório em qualquer canto desse mundo.

Mas, e não é que ele (o caixão) sumiu! Desapareceu. Assim como num passe de mágica ou em um filme de vampiros. Com corpo e tudo. Ou sem corpo.

É isso mesmo! sites falam da possibilidade de Jackson não ter morrido.
Isso parece – e mais do que parece – algo irremediavelmente ridículo. E é.

Mas parece também que gente famosa não morre, pelo menos nos EUA.
Não bastasse o Elvis, agora o Michael também está vivo.

Isso tudo pode não ser um circo, mas sem dúvida, é um espetáculo.
Ou a espetacularização na qual a mídia transformou a morte daquele que ela denominou ser o astro pop.

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